"Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato."

Lewis Carroll






domingo, 30 de maio de 2010

PHODA-meio desiludida

Não entendo muitas cosias, até aí tudo bem, o problema é quando algumas em especial me tiram o sono. Sempre acreditei que nossos sentimentos, vontades, crenças, verdades... deveriam ser expressados e tudo aquilo que acreditássemos ser importante, verdadeiro, deveria ser posto como meta e a partir disso as ações deveriam condizer com esses pontos, para que no percurso do caminho essas coisinhas importantes não se perdessem, ou fossem trocadas, por outras circunstâncias da vida.
Cada dia somos desafiados, tentados a algumas atitudes, pensamentos, coisas que nos fazem reavaliar nossos objetivos de vida, porém, nem tudo o que desejamos pode andar de mãos dadas com algumas certezas, aí que o "bicho pega", pois quem não está realmente maduro pra tomar decisões ou seguir princípios, é facilmente levado pela maré do modismo e da instantaneidade, esquecendo que muitas vezes está deixando coisas realmente importantes pra trás.
Ahh é tão desestimulante quando depositamos confiança cega em determinadas pessoas ou momentos, acreditando em tudo aquilo que é prometido, esperado, e quando menos se espera tudo vira de cabeça pra baixo e todas as tuas certezas são questionadas.
Penso que apesar de eu ser extremamente emocional, tenho um lado prático muito forte que é difícil de concilhar e ele me leva a agir sem meio termo, arriscando tudo no que eu acredito ser verdadeiro e especial e para esta postura existem muitos riscos, um deles é acreditar que todo mundo vai agir assim, que todos serão sinceros, que todos lutarão por ti da mesma maneira que tu luta por eles..
Chega um ponto que todo mundo cansa, que o lado prático acusa que tu não pode mais só dar, tu precisa receber o mesmo comprometimento, dedicação, respeito, demonstração...Aí o PHODA é ver que quando tu para pra observar como as coisas vão acontecer sem tua constante interferência, tudo simplesmente para, retrocede, some...
Mas minha dúvida cruel é: Pq não podemos ser honestos quando sentimos algo, ou quando queremos algo? Olha, não podemos mesmo! Pq parece que no momento que demonstramos as coisas de maneira nua e crua, começam os" joguinhos", usando das certezas que passamos para prolongar indecisões, manipular situações...Pô que chato isso heiiin!
Ou então algo que me deixa abismada é o modo que temos que ser moralistas e fingir que não desejamos fazer determinadas coisas. Claro, não precisamos ser assim, mas experimente ser o aposto pra ver!
As coisas têm sido levadas em vias de mão única, onde muitas vezes só uma pessoa oferece, luta, arrisca, é sincera... e qualquer tipo de relacionamento, seja ele familiar, amoroso, de trabalho, sei lá, precisa ser uma via de mão dupla, onde se doa, mas também se recebi.

é...to de mau hj!


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