"Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato."

Lewis Carroll






domingo, 19 de dezembro de 2010

Ahhh o Natal

Frases decoradas, clichês. Em muitos momentos, datas e situações eles são comuns.
Por exemplo, no natal é inevitável ouvir Simone (“... então é natal..."), músicas com sininhos, lembrar que o ano passou voando, fazer lista de presentes, também dizer/ouvir que presente não é importante, lembrar dos parentes mais distantes.
Repetições sim, mas talvez as mais gostosas. Ainda nas frases decoradas estão os desejos para que no próximo ano todo o núcleo familiar e os amigos vejam-se mais, valorize a família com mais afinco. A sensibilidade fica mais aflorada, conseguimos "até" lembrar de pessoas que não tem as mesmas condições que nós para cear, por exemplo, e, muitos planos são traçados para diminuir esta realidade, porém poucos acabam sendo realizados. O tempo, o inimigo da humanidade, ou a desculpa favorita que dispusemos para tudo aquilo que não temos determinação suficiente para começar e, principalmente concluir. O tempo, ou melhor, a falta dele, também é usada para salvar-nos com "classe" de situações pouco atraentes. Por vezes também parece chique, digno, essencial, não ter tempo para curtir a vida por estar “atolado” de compromissos profissionais e/ou acadêmicos, buscando justificar a falta de contato com quem amamos, a indiferença quanto a beleza mágica do mundo. Estamos muitas vezes cegos pela necessidade do trabalho, da qualificação, coisas que são importantíssimas, mas que tornam os dias cronometrados, onde se permitir parece pecado. Com tantas atividades, cobranças, responsabilidades, realmente o relógio deve andar mais depressa, modificando até a saudade que sentimos dos demais, ou tornando-a natural, afinal, "faz parte".
O sentido do natal é o nascimento de Jesus (outro clichê), que até onde sabemos foi um exemplo de ser humano. Mas acredito que a manutenção, pela maioria do mundo, das comemorações anuais pelo seu nascimento seja a forma mais regulamentada, enraizada, globalizada de recuperar os tantos momentos desperdiçados durante o ano no convívio e aproximação entre as pessoas, principalmente, proporcionando uma reunião de seres amados, análises únicas, sentimentos sinceros, momentos inesquecíveis.
Preservar os relacionamentos de maneira íntima e amorosa de fato precisa de convivência e/ou de contato constante, mesmo que durante o ano ela se faça virtual e espere ansiosamente por um encontro no fim de dezembro para reaquecer os corações.
Assim, essa rotina anual, esses clichês, mesmo que enjoativos, felizmente ou infelizmente graças ao padrão de vida de grande parte da população, são fundamentais para humanizar, relembrar, energizar o espírito das coisas que realmente direcionam o sentido maior da vida.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Labirinto?!

Estar cercada de pessoas amadas, ou não, geralmente é ótimo! Trocamos idéias, compartilhamos emoções, rimos, entre outras maravilhas.
Mas, ao menos para mim, às vezes preciso de um tempo apenas com a "Bruna interior" e este tempo é usado principalmente para: tirar algumas satisfações, organizar os acontecimentos, determinar objetivos, pensar sobre alguns "segredos", rir de lembranças e, RESPIRAR.
Não adianta, tem coisas que a muvuca não preenche e, para essas somente uma boa caminhada, momentos de reflexão e a natureza podem satisfazer. Observar a cores, sentir o vento, o corpo, o cheiro das coisas, torna tudo mais bonito!
Cada vez que tenho a oportunidade de dar esta "fugidinha", descubro um cantinho novo em mim, gostos, pensamentos desnudos de moralismo, reais vontades, alguns erros, novas idéias, fonte de energia.
Mas esse sentimento de ser uma ótima companhia pra eu mesma, não é regra já que em muitos momentos prefiro brincar de esconde-esconde com a "Bruna interior", afinal, por vezes ela cobra demais, questiona cada ação e acaba impedindo que momentos de inconseqüência ocorram! E pensar cada ação, estar num processo contínuo de reavaliação ou "encontro" cansa, já que há momentos onde a necessidade de escorregar fala mais alto.
Sim, a balança é o instrumento essencial, mas enquanto não a regulo vou testando e permitindo situações/sensações decorrentes das "Brunas" que deixo aflorar.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Neura

Muitas horas por semana, às vezes por dia, a neura vem me visitar. Ela chega de supetão e me deixa louca com suas idéias sobre as coisas e sobre o mundo. Ela tem o perfeito dom de questionar minhas certezas, lembrar o que eu preferia esquecer, me fazer sentir culpa por comer um docinho, ver mil defeitos em mim e nos outros.
Entre essas e outras “habilidades” da minha companheira temporária, aquilo que mais detesto é quando ela consegue desequilibrar minhas decisões e desnudar a face insegura que também mora em mim. Vejo a insegurança um ponto fraco, pois um constante enfrentamento precisa ser realizado para superar alguns temores gerados a partir dela e, quando a sinto próxima sinto-me a pessoa extrovertida mais envergonhada que conheço, a pessoa determinada mais indecisa e, por aí vai.
A neura bate em horas inesperadas, por razões variadas, mas já não me atinge da mesma forma e, em todas as situações que antes me atormentavam. Percebo-a mais caracterizada como um conflito interno, pois tento reprimi-la e desconsiderá-la ao máximo, já que sei que a realidade é muito mais simples do que parece e, nós que complicamos as coisas na maioria das vezes.
Uma das vertentes clássicas da neura, além da insegurança, é a cobrança (que não deixa de ser insegurança), esta, por exemplo, aboli quase que na totalidade. Acredito que temos que ser exigentes com aquilo que realizamos, com aquilo que somos, com o que falamos e com a maneira que agimos (resumindo: ética e coerência EXERCÍCIO FUNDAMENTAL), isso antes de qualquer coisa e a partir daí escolher com quem queremos compartilhar este “todo”. É preciso apostar e permitir-se muitas vezes, mas com os pés no chão e a clareza de que nem todos têm os mesmos valores/ações/reações. Assim o(s) momento(s) torna-se mais proveitoso e o pós, quando diferente do desejado, impacta de modo menos prejudicial ou marcante negativamente.
Aceitar e apostar na inteligibilidade e determinação das pessoas, entendendo que suas escolhas são SIM pensadas e suas ações são reflexo dos seus desejos mais sinceros é o que abstrai minha necessidade de cobrar, buscar qualquer tipo de explicação, por exemplo.

“Leve os jovens a enxergar os singelos momentos, a força que surge nas perdas, a segurança que brota no caos e, a grandeza que emana dos pequenos gestos!” (Augusto Cury)



Beijos!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dói no bolso

Depois de um período eleitoral, onde os piores exemplos de debates e respeito foram explorados, a vida retomou sua normalidade. Agora estamos aguardando a composição de um novo governo federal, acompanhando intenções boas e negativas sobre os novos rumos do país.Como: a reativação da CPMF, aumento do salário mínimo, andamento das obras do PAC, entre outros.
O foco talvez esteja lá, em Brasília, mas quero salientar a minha (e de muitos) preocupação com a cidade de Novo Hamburgo no que diz respeito ao transporte público.
Penso que avanços na cidade têm ocorrido em diversas áreas, onde a atenção para questões antes não visualizadas estão aparecendo com novas creches, postos de saúde, saneamento, urbanização de áreas críticas em regiões do Bairro Canudos, construção de praças, entre outras medidas. Eu, como moradora, como cidadã, tenho ficado satisfeita com estas melhorias, mas gostaria de expor a questão de tamanha importância e delicadeza no meu entendimento,neste momento, o transporte público.
A cada ano temos reajustes consideráveis na passagem de ônibus, comprometendo parte significativa dos nossos salários para este, cuja sua utilização se faz essencial quando não dispomos de carro, por exemplo. Resido no bairro Canudos e trabalho no bairro Vila Nova, assim para realizar meu deslocamento demoro cerca de 1 hora, as vezes mais, num trecho que de carro faria em 12 minutos. Utilizo dois ônibus para ir ao trabalho e dois ônibus para voltar. Geralmente o ônibus esta lotado, onde nos "empoleiramos", para que o próximo posso subir. Por vezes, o veículo estraga, ou então encontra-se em péssimas condições, outras tenho a sorte de embarcar num ônibus em estado perfeito de uso. Gasto R$ 8,80 por dia, R$ 44,00 por semana, R$ 176,00 por mês, recebo da minha empregadora um salário mínimo e meio, onde ainda preciso arcar com meus estudos e, outras despesas.
Com a notícia abrupta de reajuste um ano após o último valor estabelecido, sinto-me desrespeitada. Em primeiro lugar, pela promessa de transporte INTEGRADO e de QUALIDADE, ter virado lenda. Em segundo lugar: Pela forma que o assunto veio a tona, sem qualquer discussão, ou explicação, aparecendo de supetão na página do jornal. Em terceiro lugar, pelo aumento em si que não faz juz com o que nos é oferecido. Em quarto lugar, pela triste sensação de impotência/desrespeito que sinto vendo medidas básicas do meu cotidiano sendo determinadas de maneira hierárquica, sem levar em consideração o trabalhador.
Ressalto que faz um ano que aumentaram 10%, agora mais 6,8%. Resultando em 16,8% de aumento em um ano. Meu salário aumentou 5%. Para muitos, este assunto pode ser desconsiderado, ou visto como pequeno, mas como pertencente a esta comunidade sinto-me no direito de demonstrar minha indignação.
O desrespeito se mostra ainda mais forte quando a preocupação com a opinião pública é anulada.
Então, em meados deste novembro, véspera do mês natalino, expresso, apelo, desejo, que não vivamos só de promessas.

Beijos

domingo, 14 de novembro de 2010

Amanhecendo...

Olaa!
Em alguns momentos tenho a sensação de ser muito critica e questionadora sobre a vida e, com isso me desgasto na busca por respostas das quais só resultam em novas perguntas. Assisti ao filme "Antes do Amanhecer" sem menor expectativa e entediada com a idéia de acompanhar um romance, pois grande parte dos filmes deste gênero são "água com açúcar" e repetitivos. Bom, neste longa vi conflitos existenciais sendo desenvolvidos da maneira mais simples e abrangente que eu poderia imaginar, onde a vida, a morte, o acaso, a confiança, a coragem e o tal "amor" se fazem presentes no diálogo dos personagens e nas suas atitudes. Temos muitas "regras" antes de agir, normas que procuram atender as demandas éticas, culturais, familiares que acabam limitando nossas escolhas às coisas mais "seguranças" e ditas normais onde modificar os caminhos e destinos torna-se difícil. Perceber o que realmente se quer para a vida, bem como a maneira de vivê-la, vai além da nossa vontade, conta com a circunstância cultural, a coragem, mas principalmente com a busca pelo auto conhecimento para não engolir certas "hereditariedades", vícios cometidos sem reflexão como se precisássemos seguir um manual. Voltando ao  filme, ele desconstrói o padrão tradicional de relacionamento, mostrando que as vezes é possível apaixonar-se em pouco tempo por alguém , ou jamais fazê-lo mesmo depois de anos. Trás a sinceridade e a transparência de maneira ingênua e madura, onde não participar de um "jogo de palavras" por medo das reações, por insegurança é quebrado a medida que os personagens  permitem se conhecer sem máscaras.
A questão do peso que existe em ser mulher ou homem perante a vida também é possível  ser observada. Confesso que me identifiquei com a mulher quando ela diz (em outras palavras, maas...) que estamos sempre querendo provar que não precisamos provar nada pra ninguém, que podemos ser independentes, que nossos ideais mudaram completamente, quando na verdade o romantismo ainda está presente, mesmo que nos sonhos mais secretos.

Bom, vale a pena assistir...Já estou pensando em uma viagem, um trem e, claro, onde comprar doses de ousadia hehe

Beiijoos

domingo, 7 de novembro de 2010

Pq?

Laços de sangue são valiosos, afinal é um tipo de ligação que acaba aproximando e sendo exemplo, reflexo, parceria, amor, amizade. Mas, isso não é regra.
Não sei se é por eu ter uma família MUITO grande, mas esse tipo de proximidade nem sempre é/foi possível e, assim acaba abrindo espaço para algumas reflexões, como por exemplo, o "valor" do sangue. Sinceramente não concordo que devemos amar fulano ou cicrano simplesmente pelo mesmo fazer parte da mesma "linhagem", pois acredito que amor vai além de relações sanguíneas, ele nasce/aumenta/diminui/morre (não necessariamente passa por todas essas fases), a partir da convivência, da afinidade.
Desta forma penso que família é um "grupo" que consideramos independente de qualquer coisa e, diretamente por suas particularidades. É incrível ter amigos, que dentro do meu conceito de família, são mais integrantes que um tio distante, por exemplo. Lembrando que a distância em questão é além dos quilômetros.
E o melhor nessas relações de amizade tão íntimas, sendo elas dentro da tradicional família ou fora, é o modo especial que elas acontecem. Puro e admirável é passar meses, ou até mesmo anos, sem ver alguém que amamos e quando temos oportunidade, percebemos que nada mudou que o sentimento de amor, amizade, cumplicidade não precisou ser resgatado, pois como é forte e verdadeiro ele nunca morreu. Chato e entediante é ver que nada de natural surge de alguém que esta sempre ao lado.

Forçar um sentimento é como forçar uma risada depois de uma piada sem graça. 

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

POORFAVORR

Eaeee!
Em meio a tantos assuntos teóricos e cheios de responsabilidades, quero falar de um, não menos importante, mas que serve também como desabafo hehe
Essa semana estou enlouquecida de tantos trabalhos e "coisaradas" para entregar e realizar. Assim, nos meus intervalos tenho lido algumas coisas que seriam para distrair sabe, tipo: horóscopo, e... fofoca mesmo (#prontofalei). Neste “submundo” da internet me deparei com umas 500 reportagens em sites "femininos" sobre cotidiano, beleza, sexo e, lógico, homem (s). Irritei-me profundamente quando percebi que na maioria deles as mulheres reclamam pelas mesmas coisas e, entre elas, pedem dicas para conquistar o homem "perfeito". Desculpem, mas tenho que rir. Lógico, se eu estava nesse tipo de site é por que algo buscava também além de distração, mas com certeza esse não era o foco. Bom, comecei a ler cada coisa aiaiai...
Em fim, encontrei um cara que se intitulava "conselheiro amoroso" opinando situações pra mulherada. Pesquisei sobre o cara, descobri um site e, lá fui eu ver se tinha alguma coisa interessante (é, não tinha nada melhor pra fazer).
Li e conclui que se for para seguir alguma das coisas que o cara diz como essenciais no “ato da conquista” prefiro estar ferrada, pois ele praticamente afirma: "Querida, para atrair o homem que deseja, você precisa escolher o perfume "x", falar na hora certa (e qual é?), rir moderadamente (haha), mexer no cabelo, lançar um olhar sexy e ingênuo (pssss), usar uma roupa "y". Resumindo: te transforma ¬¬.
Olha, talvez essa seja uma das razões para que muitos relacionamentos fracassem, a falta de sinceridade, a propaganda enganosa. O que adianta tu "fisgar" o cara dos sonhos sendo outra pessoa? Vestindo-se, agindo, olhando, andando da maneira "perfeita". Pra começar, acredito que não existe maneira perfeita e sim ideal. Desta forma o que é ideal pra mim pode não ser pra ti, independente de perfeição, que não existe (amém), já que acredito que gostamos de alguém pelas qualidades, mas amamos, principalmente, pelos defeitos...
Esse breve texto sem conteúdo significativo e pensamentos aprofundados, precisava surgir como forma de indignação aos padrões impostos para as mulheres, mesmo de maneira indireta, afinal quem esta com baixa estima e meio perdido, pode ver naquelas palavras a explicação, a salvação. Ahh e outra, o cara, "conselheiro", ainda diz "não existe mulher feia, apenas mal vestida". Certamente uma roupa impacta num "UP" considerável, mas afirmando isso (sendo bem intolerante) ele exclui da "lista das mulheres bonitas e com chances de encontrar o cara ideal", quem não tem condições ou habilidade para tal.
Com alguns exageros, finalizo acreditando que cada pessoa é uma, ou seja, receita não serve. Além disso, se alguém te dá tanta dor de cabeça, ao ponto de cuidar cada olhar é por que simplesmente não é a pessoa ideal, consequentemente o esforço é em vão. E outra, viver um teatro cansa, pois uma hora a máscara cai.

OBS: isso definitivamente não é conselho, é apenas constatação....(Ahh mas não use photoshop na vida tb) HAasauusHUAhashSHAu


Beijos!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Conselhos

De fato grande parte das nossas escolhas resultam no futuro, outras talvez derivem da sorte, circunstância... Mas como vivemos, obviamente, primeiro o presente e procuramos sanar nossas necessidades mais atuais, ou por vezes julgamos querer algo, depois não querer, ou simplesmente decidimos "deixar rolar", optamos quase inconscientemente por determinados caminhos, resultados.
Independente das escolhas, a sensação de saber como agir vem junto com a experiência e, quando não se tem, vem junto com o risco, o instinto. Muitas coisas são previsíveis ou óbvias, principalmente quando visualizamos a situação/condição/caso dos famosos "outros", aqueles que participam da nossa vida e dividem seus dramas e felicidades. "Se conselho fosse bom, não se dava, vendia..." disso todo mundo sabe, mas talvez por esta habilidade que temos em enxergar de maneira mais clara, fria, as soluções ou caminhos para os terceiros e, o espírito de "equilíbrio" que adquirimos quando estamos na função de aconselhar, torne a tal opinião tão gratuita e requisitada.
Poucas vezes as "dicas" e interferências dos outros, para determinados assuntos sem grande objetividade, são diferentes daquelas que estão berrando em nós. Sabemos, perguntamos, ouvimos aquilo que não era novidade e talvez insatisfeitos, fazemos o inverso, ou permanecemos sem mudar o plano até que o inevitável e temido aconteça. Pecamos por esperança e medo quando a decisão bate a porta. Esperança  que tudo se ajeitará realmente da melhor maneira possível. Medo, por temer que aquilo que não está perfeito piore. Credo! pensamento acomodado e pessimista não é? Mas as vezes ele acontece.
Também andei refletindo sobre essa necessidade de compartilhar e absorver posturas quando não as temos resolvidas por completo e, percebi que não assumir a "bronca" da escolha errada sozinho, pode ser confortante quando não há coragem... 
Mas, existem coisas que por mais que sejam analisadas não terão respostas ou receitas e, esses segredinhos, com certeza são os mais desejados. 
Com isso, acredito que existem coisas que só nós próprios podemos decidir, avaliar, arriscar! A garantia será, no mínimo, o aprendizado!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Garranchos

Somos constituídos por aquilo que nos incentiva e desafia através do meio que vivemos e, acredito que isso é mais forte que DNA.
Sempre gostei de ler/escrever/desenhar/falar/berrar/sorrir, talvez por DNA, pelo zodíaco, mas provavelmente e principalmente por influência da família e da mamys que já ensinava "a criança" de 2 anos a falar no plural e mais tarde acreditar que sabia ler (e brigar por isso com a professora) quando interpretava algumas imagens nos livros.
Mais que um ombro amigo, o caderno velho foi/é a ferramenta mais confortante e sincera que utilizo, pois como minha língua age mais rápido que meu cérebro e meu juízo de avaliação sobre as palavras que vou expulsar é lento, geralmente consigo ser sincera e racional quando escrevo, mas lógico que não menos enrolada ou contraditória...
Quando gostei do 2º "cara" da minha infância (puberdade, sei lá), por exemplo, comprei um diário no R$1,99, com cadeado e tal, e nele escrevia tudo sobre o guri e meus sentimentos estranhos para com aquela figura, mas como sempre, ele jamais soube do meu "amor", pois não gosto de demonstrar afeto até me sentir segura (segredinho hein). Lembro que meu pai leu e perguntou-me sobre minha paixonite (sim, esqueci de chavear) e quase morri de vergonha e desisti da tática.
Anos mais tarde quando os depoimentos começaram a ficar mais cabeludos criei um alfabeto com códigos (“aloka”) para poder continuar manifestando minhas inquietações sentimentais... Nunca gostei de dividir essas coisas com ninguém além das minhas amigas e meus "diários", pois o papel de "Brunica" sempre foi muito confortável e oportuno na minha casa (minha bolha familiar), pelo menos até certo momento...
Loucurinhas básicas passadas, comecei a redigir o que dava na telha e a me corresponder com minhas amigas/primas via correio e, NOSSA! O frio na barriga de abrir uma carta endereçada pra gente, que não seja conta do banco, é incrível, pois nela a atenção que a pessoa dirigiu pra ti transparece na letra, no cheiro, na cor, no papel utilizado. A experiência sempre foi ótima e penso em retomá-la.
Parece contraditório num mundo virtual? Talvez seja, pois estamos acostumados e viciados com a rapidez, as emoções/ações imediatas... Mas me questiono sobre o grau de honestidade e sentimento que respondemos as cobranças afobadas da rotina e, do quanto à tecnologia esta podando nossas habilidades criativas, podando nossa identidade gráfica, de expressão.
Deixar o punho ganhar vida é imprimir no papel o sentimento daquele momento, é passar a certeza da singularidade. Não sou contra a tecnologia, obviamente, mas as banalizações ou as simplificações que fazemos para suprir a falta de tempo para quem realmente importa no intuito de cumprir exigências entendidas muitas vezes como maiores ou mais urgentes, tornam-se privações que acredito minimizar a arte da exclusividade, da surpresa.
Sou a favor dos garranchos, daquele bilhete no guardanapo, daquele cartão/carta caprichado (a), daquela recordação amarelada, PRA SEMPRE.
Às vezes ganhamos emails lindos, mas com o tempo outros chegam e sobrepõe-se a ele até o mesmo cair no esquecimento, e quando o encontramos permite lembrarmo-nos da criatura que digitou somente pelo nome assinalado de modo padrão no final (já que muitos amores/amigos utilizam os mesmos clichês no texto).
As cartas são diferentes, carimbam a emoção em cada garrancho, ou em cada letra bem desenhada, remetendo de imediato ao "produtor" e, isso não tem preço. Arrependo-me das “lembranças” que um dia joguei fora por motivos imbecis, mas alegro-me quando vejo minhas caixas cheias de cartas, refletindo sentimentos, lembranças, momentos, pessoas...

Beijooos!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Reto e certo?

Eaííí!!
Passando por um momento bem conturbado no sentido de agenda. Muito trabalho, tanto de faculdade quanto no setor, vida social a mil , mas esta é a melhor parte :P.
Mais uma vez me vejo no fechamento de um ciclo, alguns dos quais participei anteriormente fui pega de surpresa, outros planejei, outros se findaram sem que eu reconhecesse o último instante de fato, outros já começaram com gostinho de despedida... Bem, mas a finaleira que quero rapidamente pontuar é a do meu contrato de trabalho mesmo, algo que tinha data p/ começar e terminar, algo que "cheguei" meio de surpresa e passei por coisas que me surpreenderam a todo momento, de maneira negativa por vezes, mas muito positiva também. Com certeza o convívio com diferentes pessoas e suas personalidades foi o mais válido, tenham sido elas funcionários, alunos, professores, ou administradores, em fim, todo mundo contribuiu de maneira única neste processo, auxiliando inclusive para  auto análise perante cada desafio que surgiu.
Bom, mas este ainda não é o foco, o principal é perceber que na vida quase tudo tem prazo de validade, que as vezes estamos "por cima" outras "por baixo" (sem bagacerice hein) e que o sentido das coisas esta no modo como aproveitamos e utilizamos cada segundo, cada contato, cada experiência. Muitas vezes ciclos são interrompidos sem pedir licença, nos causando insegurança, reavaliações, aquela sensação de perder o chão mesmo. Aí paramos de simplesmente sentir e a vida obriga a fazermos uma reflexão, desacomodarmos a mente em busca de novas alternativas, utilizando as experiências passadas, mesmo que para ter certeza do que não fazer.
Porém talvez mais difícil seja quando precisamos findar com algum ciclo, seja relacionado ao modo de vida, "coração", trabalho, família, curso....pois a responsabilidade se multiplica: * 1º sobre a decisão por uma nova escolha que implicará em mudanças consideráveis *2º pela reorganização dos objetivos *3º pela luta por eles *4 pela insegurança de um arrependimento (afinal pode-se perder tudo numa única "jogada").
Talvez seja vazio comparar as escolhas da vida como apostas, mas muitas vezes sinto-as assim, já que por mais que eu "frite os miolos" decidindo algo, as multiplas consequências podem ser (geralmente são) muito diferentes das imaginadas no primeiro momento.

É, mas aí está o tempero da vida, a certeza da incerteza em cada curva...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

03/10/2010

As eleições estão aí e, como dizem as propagandas, está chegando a hora de decidir o futuro. Tal afirmação parece tão séria que soa de maneira assustadora, ou hilária dependendo do ponto de vista. A questão é que mesmo não nos dando conta, ou preferindo não acreditar, a cada eleição estamos ajudando na construção ou destruição do país, que a partir deste direito-dever chamado voto, onde expressamos os valores que julgamos mais relevantes, elencamos as importâncias e prioridades para nossa vida e a do próximo, estamos apostamos no conjunto de ideais e propostas personificados num sujeito, no governante, por exemplo.
Propagandas, promessas, sorrisos neste período pré eleitoral, são muito comuns fazendo termos a impressão de que cada indivíduo que pede nosso voto é extremamente capaz, bom, sincero, realmente comprometido com o país, com cada pessoa que nele mora. Penso que a análise ingênua e superficial que aplicamos na maioria das vezes é a verdadeira culpada por isso, mesmo que ocorra em virtude da falta de tempo, de interesse, entre outros, acaba por gerar um analfabetismo político imenso, fazendo-nos sentir, por vezes, perdidos e confusos no momento de discernir as idéias reais de cada candidato, suas "bandeiras", suas trajetórias, sua índole. Logicamente estou me referindo a pessoas que, assim como eu, possuem um interesse pelo tema, mas que não vivem intensamente o dia a dia da política em si, porém preocupam-se em não colocar seu voto, uma conquista, no lixo. Fica mais simples votar bem, ou votar consciente, quando nos propomos a pensar política, pensar o passado, o presente e almejar o futuro. Procurar obter a maior clareza possível sobre cada candidato que pede o voto, o que o mesmo já fez e o que pretende fazer, é o primeiro passo, mas também é válido reconhecer que quem salva o mundo é super herói.
Dizem que discutir religião, futebol, união e, política, são coisas impossíveis, pois cada um tem suas opiniões, mas questiono: como mudar algo sozinho, sem discussão, sem pesquisa, reflexão? Talvez a resposta seja a opção por simplesmente não mudar, simplesmente fechar os olhos para tudo o que acontece com a preguiça ou o pessimismo de que tudo é difícil, de nada adianta pensar, sonhar, ousar, acreditar. Irrito-me com pessoas que dizem que estes assuntos são imutáveis ou indiscutíveis, pois nesta fala vejo a caracterização do conformismo e do medo, medo de talvez ver-se desamparado quanto as suas crenças. Acredito que quando há respeito pelo ser humano, qualquer tema pode ser abordado, pois a discussão não tem o objetivo de converter ninguém a nada, ao menos não deveria ter, é uma nova fonte, um novo olhar. Assim o diálogo respeitoso e argumentativo, pode ser visto como uma ferramenta extremamente útil para repensar, reconhecer/sentir a força que temos como cidadãos, principalmente quando objetivamos aquilo que desejamos, relacionando com nossa vida, nossos planejamentos, bem como, quando conseguimos enxergar os demais, entre eles pessoas em situações cuja gravidade de condições e oportunidades são imensas, comparadas aos sujeitos da classe C, por exemplo. Tudo na vida implica em interesse, falando sem hipocrisia, mas acredito que pensar no bem comum, ou seja, fazer dele TAMBÉM o seu interesse, torne-se mais relevante, efetivo e justo no momento em que apertamos a tecla “confirma”, já que ninguém faz/vive/é nada sozinho e de desigualdades já estamos cheios. Para quem se importa somente com seu umbigo, não esqueça os resultados de uma sociedade desigual, que de alguma forma, mais cedo ou mais tarde seus reflexos irão “respingar”. Outro ponto que observo é o quanto deve ser maravilhoso para um candidato mal intencionado encontrar um "público" que não se interessa se ele troca coelho por lebre (não sei se é este o ditado, mas... haha) , assim ele continua sorrindo, falando os clichês, e pode, mesmo que de maneira subliminar, continuar mencionando suas propostas cheias de efeito colateral. Cabe a nós escolher bem e depois fiscalizar, cobrar, pois não adianta deter-se a reclamar dizendo que o Brasil não vai pra frente quando o pensamento é retrógrado, pessimista e, o pior, acomodado.

Atenção sempre...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A coerência da incoerência

O sexto sentido... Não é sobre o filme não, é sobre aquela "coisa" que existe dentro da gente, vem não se sabe da onde, aparece sem avisar e em momentos que não se sabe o porquê e, justamente por isso protesto. ACHO que não quero mais ter esse bendito sentimento ao menos que seja pra ganhar na loteria, claro, pois o mesmo acaba com as pequenas poções de ilusão que às vezes gosto ou gostaria de cultivar. É estranho quando fazemos algo que sabemos, sentimos, presumimos que não é a nossa praia, talvez por insistência, influência, desejo, enfim, algo que contraria nossas percepções inteligentes ou sensitivas das coisas, desprotegendo e induzindo ao resultado já esperado, mesmo que lá no fundinho, na casinha do sexto sentido. Sempre falo de correr riscos, do prazer que isso causa (como dizia Cazuza “... a dor no fundo esconde uma pontinha de prazer..."), do aprendizado, da ousadia que acredito ser essencial na vida e tal, mas quanto mais analiso mais percebo que esses sentimentos "corajosos" ou burros mesmo, são inevitáveis na minha pessoa e, que se possível talvez eu fosse um pouco mais positiva (científica dentro das teorias da história hehe) fazendo uma breve analogia, ou seja, teorizaria, racionalizaria, seguiria as "teses" vivas, afim de não precisar da dor para obter uma pontinha de prazer. Mas voltando ao sexto sentido em si, o cara que talvez tente racionalizar através da lógica que tanto penso querer, também observo que de nada adiantam suas tentativas de interferência, provavelmente por ele ser uma partizinha de mim e, diga-se de passagem uma parte muito careta e pessimista, cuja atenção teimo em desprezar. Na real o que me incomoda é a falta de controle sobre as coisas e a vontade que tenho do tal "sexto sentido" puxar minha orelha de uma vez ao contrário de simplesmente apontar os caminhos mais adequados, ou então de  se calar para sempre e deixar que eu viva minhas ilusões inocentes (soterradas), já que não deixo de mergulhar no desconhecido mesmo sabendo do perigo e provável desfecho, ou seja sou cabeça dura mesmo, então não me aconselhe. Assim, ser mais sonhadora e menos preocupada com tudo, com o antes e o depois principalmente, já que a vida é o agora e, “PRÉ OCUPAÇÃO” é uma ocupação mental que uma hora vai emergir (seja boa ou ruim), então que seja o mais tardar possível.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mais que uma história...

MÁGICO!

Saí anestesiada e hiper motivada de uma palestra hoje. A temática era voltada para a educação e o ensino da história, tema que julgo muito pertinente não só por estudar "História" ou "Historiografia", mas também para ver aplicação e possibilidades da mesma na vida, sala de aula, entre o meio acadêmico. Amo meu curso apesar de questionar alguns fundamentos e exigências, coisas que me fazem uma eterna questionadora de todo "material" que consumo/analiso/ouço/guardo na pasta. Questiono pois não consigo seguir algo no qual não acredito, seja referente ao método, teoria, implicação e aplicação na sociedade. Em suma, coisas me fascinam, como a oportunidade que as ciências "moles" ou humanas podem possibilitar, talvez numa visão romântica da coisa, mas principalmente um novo olhar e a esperança de que novas ações são possíveis e, este curso com seu aglomerado de disciplinas ajuda a desvendar, provocar e, por vezes cansar, lógico.
Futuro? Não sei ao certo onde todas minhas crenças vão me levar, mas no momento vejo tudo como grandes janelas em que cada dia que passa as paisagens que as mesmas emolduram tornam-se mais claras, mas também mais utópicas, pois o ideal é sempre mais difícil já que implica primeiramente na percepção, seguida de planejamento, testes, até o desenvolvimento e execução do novo. Quando me imagino numa sala de aula pra ensino fundamental, por exemplo, quase tenho um colapso pensando na maneira que terei que dirigir minhas aulas, pois há normas e supervisões que fiscalizam os conteúdos e tempo que os assuntos desejados estão sendo realizados. Falo de colapso, pois a partir da visão que tenho formado percebo que o ensino/aprendizagem da História particularmente, não existe de maneira válida e efetiva se for aplicado de modo hierárquico, com materiais pré históricos como o livro didático, ou então sem discussão e análise de outras fontes, levando em consideração quem escreve, em que momento e porque. Ou seja, é muito pouco tempo para cumprir "agenda" e ser um professor facilitador do conhecimento, que "cutuque" os valores e padrões.
Não gosto de me aprofundar nesses assuntos no blog, pois sei que é cansativo e cheio de caminhos para pensar, repensar e filosofar e, isso tudo num "monólogo" é muita pretensão hehe mas momentos como os de hoje me fortalecem e instigam profundamente.
Ahhh e espero que ninguém diga que tudo o que eu disse é coisa de jovem, pois odeio rótulos e, espero continuar sonhadora, crente e executora dos meus pensamentos (apesar de não fazer quase nada ultimamente, o que me irrita, diga-se de passagem).


Beijos!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Liberté?

Dia da Independência do Brasil.
Mais confuso que falar dos processos que influenciaram a independência do país, é pensar/sentir/perceber a independência que ocorre dentro de cada um.
Por lei atingimos a maioridade aos 18 anos, ou seja, alcançamos a vida adulta civil. Assim a partir desta idade, como se fosse mágica, podemos beber, dirigir, freqüentar ambientes noturnos sem autorização, ir preso, adquirir o dever de votar, entre tantas outras coisas e, isso conseqüentemente nos torna mais "independentes". Mas como o Brasil, acredito que nada nem ninguém se tornam independentes de maneira instantânea e, muito menos se faz auto-suficiente por determinada liberdade na autonomia singular, é preciso conquistar espaço, mudar atitudes, arcar com as conseqüências e novas exigências. Obviamente tudo é gradual e as mágicas só acontecem nos livros infantis. Mas quando realmente a maioridade atinge nossa vida? Somos formados principalmente pelo meio: família, amigos, escola, comunidade. Sofremos constantes influências destes ambientes e pessoas e, como em cada campo da vida aprendemos de uma determinada forma em decorrência daquilo que absorvemos e vivenciamos o que torna o desenvolvimento humano totalmente particular. É possível observar adolescentes de 13 anos que ajudam nas tarefas domésticas, são dedicados com os estudos, preocupados, mesmo que de modo precipitado, com seu futuro, trabalho, família. Como também nota-se jovens adultos que simplesmente preocupam-se em resolver qual será a festa do fim de semana.
Penso que ao contrário de algumas teorias e normativas, não se pode estabelecer como numa linha do tempo que segue apenas números, o momento em que "pulamos" de fase, aliás, somente depois de passarmos por alguma fase é que podemos saber o que mudou e por que. Dosar é fundamental, mesmo que não tenhamos total controle sobre as pitadas que queremos carregar para a nossa vida e aquelas que queremos extinguir.
Há momentos que é preciso assumir uma postura mais adulta, ou melhor, mais madura desconsiderando o rótulo por si só, outros é possível despertar “aquela” criança. Estranho/engraçado/assustador/maravilhoso é ser jovem, sentir-se tão independente e dependente ao mesmo tempo, tão seguro e inseguro, tão maduro e infantil... Transitando no mesmo dia por várias esferas, porém, que aos poucos irão estabelecer a maioridade que vai muito além da data no RG.



sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Um trofeu que dispenso...sério!


Li em algum lugar, em meio a mil coisas inúteis, que quando olhamos pro relógio constantemente e o mesmo aponta a hora igual ao minuto é sinal de que precisamos nos tornar pessoas mais organizadas (tipo, 05:05). Obviamente não precisava desta constatação, que me parece um tanto quanto infundada, para perceber que já passou da hora de aterrizar. Um pouco de "estabanação" é até bonitinho, mas admito que cansei. Em uma semana consegui fazer coisas ridiculamente engraçadas e toscas graças a minha falta de atenção, organização e limite. Comecei a semana esquecendo de trancar uma porta algo que quase deu merda, ou melhor, deu mas poderia ser pior, depois foram uma sucessão de casos, mas menos "tensos". Tenho mania de fazer um milhão de coisas ao mesmo tempo, e nessas já perdi celular no vaso, estojo de maquiagens, já cai de todo lugar imaginável, em todo local possível, em variados momentos, já fui falar com uma pessoa e quando me virei para olhá-la bati minha bolsa numa térmica nova e ela caiu/espatifou-se, já coloquei a chave do setor no lixo por engano Oo, já liguei pra pessoa errada, já beijei a pessoa errada ahushaush, já abri uma janela e arremessei a cuia que estava "tomando sol", olha não vou falar tudo..Bem, mas meu último feito da semana merece algumas linhas. Cuido das plantinhas do setor, temos 3 violetas (todas com nomes) e uma planta maiorzinha que eu não sei o que é, mas é bem lindinha x) Para aproveitar os dias chuvosos, as coloquei na janela. Passaram algumas horas e fui me alongar e tomar uma fresca na mesma janela, me aproximei e ouvi um barulhão! Assustei-me e na hora não entendi da onde era aquele estrondo, pois o andar de baixo está em obra então pensei ser de lá...olhei pro meu colega que começou a rir e pensei "Putz o que eu fiz?" É...sem querer "acho" que meu braço encostou na plantinha maior e ela caiu :/ Juro, fiquei muito triste e, convenci meu colega a me ajudar a socorrê-la. Pedi a chave para a moça da segurança e ela, depois de eu explicar a razão, foi bem compreensiva (sim, com louco não se discuti) e fomos ao resgate.
Tivemos que ir até o andar de baixo que permitia acesso ao telhado onde a pobre planta agonizava (trágico?haushau), levei uma vassoura e meu colega...coitadooo! Ele teve que se esticar todo pra recuperar a plantinha e ainda tomou um banho de chuva, mas atingimos nosso objetivo, digo atingiMOS pois ele também se compadeceu com a situação.
Moral da história, pequenas faltas de atenção podem gerar grandes problemas e isso se encaixa em diversos momentos, e lógico a história da plantinha não foi um grande desastre, mas asseguro que alguns tempos "out" podem ser no mínimo constrangedores.
Meta para 2010 (??), sim em setembro: Elevar o nível de atenção/organização de modo gradual e imediato. Espero que isso seja possível e esse aglomerado de trapalhadas não faça parte da minha essência ausahusha

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A, B ou C?

Um carro precisa de combustível, um corpo de alimento e uma mente?

Penso que o combustível para a mente e consequentemente o corpo é a dúvida, pois a partir dela entre medos e superstições, escolhemos caminhos, formulamos teorias, pagamos para ver. Quando estou em dúvida, sempre penso que gostaria de saber a escolha mais oportuna e promissora, as palavras certas, os gestos, as ações, pois a insegurança amedronta como tudo aquilo que é desconhecido. Porém quando as situações "chave" passam, tenho a sensação nítida, mesmo que envolta a descontentamento por alguma frustração, por exemplo, que foi válido, pois acrescentou coisas, ensinou e pode me tornar um pouco mais humilde e sábia. Com isso não afirmo que jamais alteraria alguma atitude, mas reconheço que cada erro resultou, e resulta, em acertos futuros ou imediatos, ou seja, tornam-se inevitáveis para a formação, ou deformação hehe, do caráter. Humano é aquele que reconhece as falhas e busca modificá-las.
Entre os ingredientes desse combustível principal chamado dúvida, exigi-se ainda a coragem, a reflexão, a ousadia, a "pesquisa" e claro, a prática. Quando acabarem as dúvidas talvez acabe a paixão, o frio na barriga, os “best sellers", a curiosidade, as surpresas. Claro segurança é ótimo, mas ela não pode invadir o campo dos pequenos mistérios, pois quando isso acontece a magia acaba e qualquer tipo de individualismo, saudável, é exterminado.
Temos pressa, queremos respostas rápidas, um livro de auto-ajuda pra cada campo da vida, quando o que realmente vale é viver. A partir disso defendo o pensamento, o questionamento dos modelos prontos, ousadia e, algo que talvez auxilie para não causar arrependimento nos processos de decisão e tomada de atitude, agir com os outros da mesma maneira que gostaria de ser tratado. É difícil, às vezes quando saio da presença de alguém e percebo que deixei de ser tão agradável como gostaria que fossem comigo, fico um pouco decepcionada, mas agradeço (ao universo) por geralmente ter outras oportunidades, ou então de poder me despir de orgulho, reconhecer e mudar (que é sinal de lição aprendida).
Cada dúvida que enfrento me faz mais viva. Ensina, por vezes gera prazer, em outras é desastrosa, engraçada, triste, quase previsível. Mas certamente o melhor é quando torna-se surpreendente e, mesmo que o objetivo (a opção) pareça impossível ou o caminho muito árduo, tudo acaba se ajeitando, e como...



Bjo, bjo!

domingo, 22 de agosto de 2010

Disciplina,disciplina e,claro,discplina!

Disciplina não é só uma nomenclatura para as matérias da escola/faculdade (não?), é algo fundamental para a organização e foco nos objetivos. Ô coisa séria quando se sabe disso tudo e percebe-se como alguém tão bagunçada. Claro que sem disciplina extrema é possível fazer tudo o que se deseja ou, o que esperam de nós, mas certamente o caminho será bem mais longo, pois quando ela não prevalece as coisas acontecem de maneira mais improvisada e, talvez significativa ahusaush...não quero exaltar a vida sem o foco e o direcionamento que a disciplina oferece, mas combinemos que "deixar viver" as vezes é muito mais surpreendente. Por momentos, gostaria de ser mais disciplinada. Por exemplo, com a realização dos trabalhos para a faculdade, por mais que eu leia todos os textos pertinentes, sempre concretizo na última hora! Pois toda a vez que sento para fazê-los o "bichinho carpinteiro" da ansiedade, a internet, o cachorro, a música, a amiga, o celular, ahh tudo parece ser mais interessante! (claro, principalmente quando não me interesso pelo tema). Sei que o objetivo pode ser atingido em meio a essa bagunça seguida de pressão, mesmo que o resultado não seja o melhor possível, entretanto a vida é um turbilhão e eu não quero passar muito tempo fora dele hehe deve ser uma questão de maturidade também, mas um dia eu chego lá ;)
O lance da organização não é o meu forte, apesar de eu cumprir prazos e compromissos 99,9% das vezes com as coisas e detestar impontualidade por exemplo, mas gosto de experimentar e me divertir no caminho algo que geralmente resulta numa correria do caral... pra dar conta de tudo, mas como dizia Cazuza "...a dor no fundo esconde uma pontinha de prazer..." e acho que as vezes vale a pena ser um pouco inconsequente, mesmo que dentro dos limites (sim, é possível).
Momentos de "irresponsabilidade" me seduzem algumas vezes em outros campos também, e acredito que isso aconteça pois a vida acaba se mostrando regrada demais, com horários e cobranças para tudo e sobre tudo, algo que gera a sensação de estar numa camisa de forças...Assim prefiro ter momentos sem olhar pro relógio, caminhar por caminhos desconhecidos, frequentar lugares novos,  não contar muito as moedas e, basicamente, primeiro fazer e depois pensar.
Mas são momentos e deixar "A vida sem roteiro" é algo tão fascinante que se torna quase utópico.

OBS 1: Porém, "vamo combina" que se assim fosse 100% do tempo sem qualquer compromisso também não teria tanta graça pois a maioria dos seres humanos nunca está satisfeito com o que possui...

OBS 2: Esse sentimento de "prisão" acontece pois as coisas andam muito desequilibradas e, se diversãoXcompromisso estivessem equivalentes, nenhum dos extremos seriam tão atraentes e avassaladores.

Penso que "o negócio" é dosar e procurar a realização pessoal acima de tudo;

Beiijos!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Delírios de Menina-Mulher sobre ser Mulher

Acredito que com o passar do tempo os gêneros feminino e masculino vem ganhando novas aplicações, mais amplas que basicamente distinguir o sexo do indivíduo. Aliás este termo "gênero" nasceu a partir de movimentos feministas do século XX que visavam  pensar os movimentos sociais repressores ou de organização da sociedade determinados pelo sexo biológico das pessoas. Saffioti (1992, p. 210) considera que:
"...não se trata de perceber apenas corpos que entram em relação com outro. É a totalidade formada pelo corpo, pelo intelecto, pela emoção, pelo caráter do EU, que entra em relação com o outro. Cada ser humano é a história de suas relações sociais, perpassadas por antagonismos e contradições de gênero, classe, raça/etnia..."
Gênero, ainda possui diversos significados e usos, como: Gêneros musicais, literários, artísticos, enfim, de modo geral reflete um agrupamento de ideias a partir de seu ser, seu conteúdo e suas implicações.
 Mas voltando ao tema mulher queria ressaltar o quanto sempre foi e continua sendo difícil sê-lo, ao menos mantendo as características culturalmente esperadas e em contra partida as exigidos pelos novos tempos. No passado erámos praticamente invisíveis, talvez pois a maioria dos registros históricos tenham sido redigidos por homens, assim prevalecendo no nosso senso comum a ideia que a única utilidade do ser feminino era procriar, cuidar da família, da casa...Novos estudos demonstram que a participação da mulher sempre foi fundamental em qualquer movimento social e muito atuante, mas de maneira distinta da masculina, porém nem melhor e muito menos pior.
E hoje? A luta para conquistar um espaço em postos antes ocupados por homens tem crescido e definitivamente a questão de gênero como separador de funções, tem perdido a força, mas em contra partida com a realidade social e cultural ainda é marcante. Analisando uma mulher latino americana do século XXI por exemplo, da região sul do Brasil (o parâmetro sou eu), ainda há grande desparidade salarial, profissional e principalmente cultural comparando aos homens, logicamente que esta lacuna é diferente e menos desumana que a de alguns países, deixando claro que do meu ponto de vista, minhas vivências e crenças, não analisando outras óticas e religiões.
Comportamentos antes masculinos, tem cada vez mais sido integrados aos femininos, bem como alguns destes tem sido absorvidos pelo gênero oposto, algo que julgo natural pelas mudanças econômicas e sociais que o mundo sofre, que exige e reflete diretamente nos indivíduos. Mas questiono o por que de ainda existirem preconceitos e cobranças de comportamento e atitude de homens e mulheres. Pelo que percebo os homens ainda buscam uma mulher-mãe, que terá que ser responsável, carinhosa, cheirosa, paciente, organizada...mas tem exigido de seus "casos" antes de encontrar a "mulher ideal", gurias ligeiras, como diz a música do Cachorro Grande que já tenham "Sex experience"....Assim eu uma criatura de 20 anos me pergunto, como dosar e de que maneira?! Afinal, infelizmente homem que pega várias é garanhão, enquanto mulher que faz o mesmo é galinha. Percebo que estes conceitos tem mudado, mas como tudo devagar e, eu noto que no meu discurso ainda frizo um olhar machista, quando me preocupo de certa forma, com a maneira que deveria me comportar para receber a aceitação do sexo oposto dentro visão e essência que realmente sou, a partir do meu comportamento...
Olha, esse papo dá pano pra muita manga, mas o mais certo que apesar de tudo, independente do gênero, sexo ou o escambal, os seres humanos ainda buscam como animais, enfeites, crenças, adaptações para agradar o outro, pena, que as vezes antes de agradar a si próprio.
Mas como mulher, é estranho ser "cobrada" para ser independente sem assustar, liberal porém conservadora, belíssima mas natural, desbocada mas sutil, enfim é complicado ser feminina dentro da ideia que para sê-lo é preciso carregar os antigos conceitos desse gênero, algo que hoje mudou e talvez precise de novas definições e nomenclaturas, pois ser feminima hoje é diferente do passado e graças a Deus ser mulher não precisa mais ser totalmente feminina, pois dentro do meu senso comum (se é que pode existir algo tão particular) fragilidade, delicadeza são alguns adjetivos que esta palavra transparece, e assim, acredito que estou a milhas de intimidade.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Muitas alternativas, poucas opções?

Principalmente quando chega o fim do mês, a situação financeira requer uma atitude de retenção de gastos. Mas o que fazer quando temos aquela festa, jantar, ou simplesmente precisamos mudar o guarda roupa??
Sim, é um papo meio fútil., mas acontece hehe (??), e nestes momentos a versatilidade do "pacote" é fundamental.
Mas será só isso? Acredito que NÃO. Insegurança, exigência, vaidade, entre outros, também estão atrelados a esta "busca", que deseja aceitação, inserção, mesmo que possa ferir o bem estar...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Viva a diversidade ;)

A mesmice é chata. Neste finde revi pessoas queridas das quais eu estava com saudade. Passamos o sábado contando as novidades, comendo, rindo, aconselhando e, claro, planejando a noite. Para muitos decidir a noite na capital é simples, para não ter "erro" é só ir onde esta bombando, mas nós, queríamos algo mais interessante, nem tão caro,divertido e, diferente do habitual.
A busca foi intensa e cheia de divergência, mas decidimos: Vamos a uma festa GLS, haha. Certo que esses ambientes tem sido bem mais frequentados e não são novidade pra grande parte da galera, principalmente jovem, mas para nosso trio maravilha era algo novo. De banho tomado e roupa impecável nos aventuramos, literalmente, para a noite, digo isso pois sair comigo na direção é algo emocionante por si só hehe Decidimos chegar cedo, pois sempre nos atrasamos Oo e lá estávamos às 23:30. Para aumentar a curiosidade e o frio, o local ainda estava fechado e a fila crescia a cada instante...ficamos bem na frente conversando com o segurança e eu, tremendo de frio diziia "aiii, não ia abrir as 23:30???" E o segurança: mais 5 min! E nisso, com tédio/frio/ansiedade pegando resolvi iniciar um "tradicional" Parabéns a vc pra dar uma animada neh! Foi uma loucura só, a fila inteira cantando, os seguranças dando parabéns e agente só rindo da cara de pau que incorporamos...mesmo com tanta empolgação nada do lugar abrir..Aff cansei e disse "Tiooooooo, to com frio, me deixa entrar!!!!!!!" O segurança começou a rir e disse "Ahhh não, tio não! Meu nome é Boeira (what?)...mesmo não sabendo o que é pior, atendi ao pedido hehe e de brinde ganhei o casaco do Seu Boeira enquanto esperava na rua..
Entramos (os primeiros) o lugar era bem tri, mas estreito, então ficamos pelo barzinho e começamos a observar os frequentadores e tomar uns drinks ;) Juro que pensei, "caraaaa pq me arrumei tanto se aqui não tem hetero?" ahushausa Ahhh e diga-se de passagem, tinha uma homarada presença #que desperdício hihi
A música era ótima, apesar de eu não saber definir muito a ritmo, assim mexer as cadeiras não foi problema entretanto confesso que invejei o rebolado de muitoos bofes lá!
Posso dizer que foi uma festa muito divertida, melhor que muitas baladinahas "pop" que existem, com uma galera muito simpática, bebida acessível e bom atendimento...
Analisando tudo, o que mais me chamou a atenção foi perceber que naquela noite eu era a minoria, foi eu que tive que me adaptar em todas as circunstâncias, diferente do que ocorre nos lugares geralmente frequentados por mim . Outro sentimento que aflorou de maneira muito significativa foi a admiração. Admiração pelo respeito que eles transparecem e a vergonha, vergonha por presenciar tantos ambientes e comentários que agem com desrespeito à galera homo.
Fazendo um link com o papo, esse lance de espanto, preconceito, desrespeito ocorre também com outras "minorias" como, deficientes, grupos étnicos, gordinhos...Temos dificuldade de aceitar , conviver, compreender com o que é menos comum no dia a dia, e quanto a isso tem vários exemplos...Talvez isso ocorra pois muitos julgam um modelo de pessoa, pois um grupo de "uniforme igual" , com pensamentos semelhantes, dificuldades, habilidades e carências parecidas é mais fácil de controlar. A diferença exige mudança, algo que é cansativo quando os paradigmas já estão estáticos a muito tempo, porém, como toda evolução, acredito que as coisas tem se modificado, mesmo que a passo de formiguinha.

Bjinhoos!

domingo, 1 de agosto de 2010

E não é?

Não sou deste mundo, ou ando muito rebelde! AHUSHAUSHUA

Se formos fazer uma análise nas redes sociais, ou observarmos as pessoas nos shoppings ou baladas de maneira fria e sem muito conhecimento dos sujeitos, certamente pensaremos: "Nossa, esse cara ou essa guria tem muitos amigos!", pois o número de depoimentos, beijos, fotos, entre outros, que os mesmos trocam são absurdamente imensos e, se multiplicam com uma facilidade incrível. Pois é... mas o que estranho é que a maioria só consegue exprimir uma frase: "te amo", não evoluem se quer observações a respeito do indivíduo em questão, ou então tiram fotos com os mesmo biquinhos sendo que os personagens são quase desconhecidos (claro, depois da foto tornam-se íntimos...). Será que temos banalizado muito os sentimentos? Misturado parceria com amizade? Se isso ocorre é sinônimo de insegurança ou o amor realmente está transbordando? Olha, se for a segunda opção não é em mim que esta "dádiva" tem ocorrido.
Talvez a velocidade que o mundo tem girado esteja proporcionando uma insegurança desmedida nas pessoas, gerando medo de perder, ver-se só, receio de que suas certezas também mudem da mesma maneira que trocamos de roupa. Será que os fantasmas do mundo descartável esta assombrando os viventes de tal forma que precisam se assegurar e rodear de pessoas?
Questiono-me se são suficientes alguns dias, momentos, telefonemas, "visões" ou a simples convivência, forçada ou não, para despertar o sentimento sincero do amor. Acredito que não, mesmo pouco sabendo sobre o que é este sentimento, em minha busca para definí-lo e percebê-lo o vejo como um apanhado de sentimentos e sensações. Cujos seus ingredientes principais são muita confiança, afinidade, admiração, euforia, pitadas de loucura, alegria intensa, desejo, sinceridade, amizade... Enfim, olhando pra todos estes adjetivos será possível amar alguém da noite pro dia? Talvez a vida me mostre que sim, mas no momento isso é inconcebível a partir do modo que enxergo a vida e, confesso que pessoas que são tão "intensas"e instantâneas neste quesito me assustam, e acabam demonstrando uma banalização, uma insegurança que é suficiente pra causar-me afastamento ou simplesmente descrença em suas palavras. Penso que na era em que todo mundo parece se amar, é a era da insegurança, pois todo mundo PARECE, mas poucos sentem-se amados de fato. Poucos tem um ombro amigo e verdadeiro, poucos tem amigos além das festas, poucos tem consolo, companhia, experiências com pessoas que realmente demonstram em cada olhar o quanto se preocupam e te amam independentemente de tudo o que pode acontecer. Sei que posso ser exigente demais nestas observações, mas acredito no amor que é construído aos poucos, não importando onde aquela afinidade inicial surge.

Digo NÃO a banalização do amor! E alerto: palavras fofas e sorrisos não são suficientes pra balançar meu coração...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Momento nostálgico "Porque jovem tb tem saudade..."haha

Tem gente que guarda moedas, selos, outros potes... Eu guardo papéis.

Claro que não é qualquer folhinha não, mas tenho dificuldade de excluir das minhas gavetas provas, trabalhos, textos, cartas, fotos, cadernos. Então resolvi revirar aquilo que andava esquecido, fique claro que o objetivo era encontrar um texto escrito no semestre retrasado (2009/02). Abri pastas, folhei páginas, encontrei cadernos e anotações que me remeteram ao melhor período da minha vida até agora, o início da faculdade. Iniciei na Unisinos um curso chamado "História" sobre o qual pouco sabia e, pude notar em cada página do caderno o capricho e entusiasmo de um iniciante. Frases bem construídas, cores diferentes de caneta para ressaltar termos, ligações entre os assuntos, nomes de livros no cabeçalho e, alguns corações que de certo foram desenhados na ânsia pelo intervalo, que como "bixo" ainda insistia em denominar recreio.
Muitas coisas assinaladas lá me fizeram transportar para o momento que um dia escutei, estudei, li, discuti aquela aula. Com a ajuda da data sempre bem apresentada no canto direito da folha, pude fazer a "viagem" de maneira ainda mais fácil recordando quem eu era naquele período. Temos a habilidade de observar a mudança de 3ºs, mas esquecemos de lembrar que também mudamos. Crescemos, melhoramos, pioramos, escolhemos, vivemos de maneira nada previsível e quando podemos olhar pra trás conseguimos enxergar o quanto fomos fracos com antigos ideais, ou persistentes com outros. "Não sou mais aquela menina" e me questiono no que errei e acertei pra ser quem sou hoje, aliás, quem sou? (metamorfose... Certo!)
Aos 10 ainda vivia com preocupações infantis, sentia-me aquele ser especial e extremamente feliz, os problemas que conhecia eram somente os dos outros, dos meus pais, tios... E eles não me atingiam, pois minhas preocupações eram particulares e eu me via muito grande perante a tudo (o centro).
Aos 15, o ápice. O momento em que tudo aconteceu: Descobertas, ensino médio, novas percepções. Tu acaba vendo-se "obrigado" a começar a pensar no futuro, na escolha da profissão, em especial, mas até aí tudo bem essas angústias podem ser proteladas.
Finalmente, aos 20. Neste momento tu começa a vivenciar a maior parte das metas que construiu na adolescência, começa a trabalhar, tem liberdade pra determinadas coisas, algum dinheiro no bolso, amigos variados, decide e programa a vida de outra forma. Mas com certeza se senti muito pequeno perante a tudo, pois as possibilidades, exigências, problemas, opções são muito maiores.
Olhar de dentro pra fora é estranho e incompleto certamente, mas além dessas conclusões quase óbvias, observei nessa pequena viagem de 2 anos no tempo passado, que perdi basicamente a inocência. Inocência nas pessoas, nas cadeiras, nos planos. Isso parece trágico? Mas não é, faz parte e hoje acho engraçado lembrar o quanto tinha uma visão utópica das coisas.
O que ganhei? Mais clareza nos caminhos que tenho escolhido mais tranqüilidade no percurso, mais atenção com a intensidade que deposito em determinadas coisas e, a maior certeza que existe: Ainda mudarei muito e isso é só o começo.



É incrível o que alguns rabiscos podem fazer, o que o formato de uma letra pode dizer, o que um monte de papéis pode fazer sentir. Sentir hoje, ontem e, se bem armazenados, sempre!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Pensou a respeito?

Porque histórias como o caso Isabella, Suzane Richthofen, Caso Bruno, entre outras atrocidades semelhantes gera tanta comoção? É quase impossível ficar alheio a tudo isso quando se é um internauta, leitor ou telespectador, pois a mídia que circula no país disseca esses acontecimentos a tal ponto que somos capazes de saber detalhes íntimos dos envolvidos, ou acompanhar cada descoberta como se fosse um seriado imperdível. Triste comparação, mas infelizmente é assim que tem sido o impacto em muitas pessoas quando esses crimes vêm à tona. Passeamos nas ruas e ouvimos comentários, ligamos a televisão na ânsia por novas revelações, somos advogado, júri, juiz, quando deveríamos apenas “aprender a lição”, e lembrar que muitas ações e pensamentos que temos na vida contribuíram para algumas revoltas que parecem um tanto quanto particulares. Talvez se o mundo não fosse movido à ambição, e o dinheiro não fosse tão fundamental na vida de todos, muitos destes casos não seriam consumados. Mas, talvez, seja julgamento demais.

Estranho, paralelo a isso tudo, é a mesma ou pior ocorrência de casos cruéis todos os dias no país, que não ganham se quer o mínimo de notoriedade. Será que isso ocorre, pois seus personagens são desinteressantes? Mas me pergunto, desinteressantes por quê?

Outra questão que “casa” com este assunto é o real motivo para que estes crimes sejam maçantemente explorados. Além do “fascínio” que muitos tem por detalhes, que na minha opinião, ocorre muitas vezes pois a população esquece (pelo menos inconscientemente) que isso é verdadeiro e assemelha a tragédia a histórias cinematográficas, faze-se útil para deslocar a atenção dos indivíduos para outros desastres que acontecem de maneira culminante a estes eventos. Como por exemplo: os novos vazamentos de óleo no oceano, os preços que aumentam, as leis que instauram, o desemprego, a fome de tantos. É no mínimo curiosa esta fuga da realidade, que se mostra até mesmo protetora quando aliviamos nossa indiferença imperdoável com o próximo e nosso planeta, vendo a maldade e a personificação do “ser mau” em situações extremas como as referidas acima.

Sinto que encontrar alguém “pior“ que mata, oculta, planeja atos cruéis friamente, parece tranquilizador, de certa forma, pois ajuda no distanciamento que precisamos para nos sentirmos menos responsáveis, pelas pequenas e grandes coisas que acontecem no mundo. Lógico que são situações animalescas, mas será que o modo que vivemos não é? Pensamos, ensinamos, agimos de tal forma que não podemos aceitar ser totalmente desprovidos de culpa pelas enfermidades do cotidiano, pois é nas pequenas ações que modificamos, ou não, o meio que vivemos.

domingo, 18 de julho de 2010

Faz A diferença!

Certa vez ouvi a frase "é, quando agente ama vê graça em qualquer coisa". Admito que quando se ama algo ou alguém, fica muito mais fácil e agradável a realização do que for e os resultados são muito mais satisfatórios e animadores. Quando gostamos de alguém, por exemplo, ver "Domingão do Faustão" acompanhado do ser amado pode ser algo especial (sério), da mesma forma que lavar a louça pode ser menos irritante quando temos ao menos um incentivo de boas companhias.
Falar de mudanças é relativamente facil. Detectamos os problemas, projetamos as soluções, mas as realizações acabam demorando mais para serem concluídas, pois fazer diferente é sempre mais arriscado e difícil. Porém, chega um momento que as mudanças assumem a forma da "ação" e passam a existir em cada pensamento, atitude...Um exemplo simples e verdadeiro sobre isso é iniciar ( e não desistir) da fábrica de sonhos chamada academia. Algo que quando fazemos sozinhos geralmente não temos o mesmo ânimo, persistência, e claro, as mesmas risadas.
Iniciei a academia com uma amiga, comecei fazendo aulas de jump (haha), foi uma atuação um pouco desastrosa, mas a companhia da amiga me incentivou a não dessitir. Para me cercar de mais "incentivos", concilhados com ótimas fofocas e tudo mais, chamei mais duas amadas. Só posso dizer que nenhum exercício é o mesmo depois de nos reunirmos. Assim, fazer abdominal, twisty, glúteo e diabo a quatro, tornou-se a coisa mais divertida e interessante dos meus finais de tarde.
Sempre digo, amigos são a família que pudemos escolher, e posso dizer que a minha é MARAVILHOSA! tem seus conflitos ahsuahsua, mas como se ama supera e torna tudo o que faz junta uma grande festa. Amizade verdadeira , aquela que não nos trai, apoia, ama, divide, corrige, apronta é pra poucos! E tenho pena de muitos que vivem cercados de mascarados e consideram "amigos eternos" pessoas que não valem o mínimo de confiança. Mas isso faz parte das escolhas, porém nunca é tarde pra mudar, enxergar, redirecionar.

domingo, 11 de julho de 2010

lentes de contato

DA FELICIDADE

"Quantas vezes a gente,em busca da aventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!"
(Mário Quintana)


Definir felicidade ou amor, por exemplo, é quase impossível, pois cada se sente atingido de uma maneira por esses sentimentos, fazendo deles o seu mundo. Mas cabe sermos menos exigentes na constatação destes nobres sentimentos, afinal, às vezes os temos dentro do peito e por algum motivo não o percebemos. Valorize as pequenas coisas que verá grandes acontecimentos.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Hora de acordar!

Pela manhã vi uma reportagem que me causou no mínimo, embrulho no estômago: http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201007061023_RED_79138677.
Ok existem diversos boatos sobre esta rede de fast food e outros tantos sobre outros produtos que consumimos por aí, mas o que me deixa temerosa é o peso de importância que atribuímos para tais informações. Infelizmente a maioria de nós, mesmo sabendo que determinados alimentos causam danos para a saúde continuamos consumindo-os! E as empresas, tão seguras do poder que suas marcas possuem, chegam ao cúmulo de afirmar que utilizam sim ingredientes nocivos, ou um tanto quanto "estranhos" em suas fabricações. Realmente somos muito conformados, burros ou "indestrutíveis", para manter determinados hábitos. O mais incrível ao ler a reportagem é que a tal multinacional ainda defende que mesmo usando petróleo no alimento, ele não é nocivo à saúde Desculpem, mas não consigo acreditar. Ahh e não esqueçam do episódio da minhoca neh (mas esse é pelo menos natural...haha)
É claro que não podemos ficar paranoicos, lendo toda a tabela nutricional, ou sermos tão radicais ao ponto de viver de luz ahushaus, mas vamos combinar que as coisas estão assim, pois pouco importa para as grandes empresas o que vamos pensar a respeito de suas fórmulas malucas, pois afinal preferimos não pensar mesmo e, acreditar que tudo é light, saudável e colhido diretamente da horta da vovó.
Não sou se quer vegetariana e muito menos tenho uma alimentação hiper saudável, mesmo sendo simpatizante e tendo alguns destes princípios como meta, mas o que me revolta é ver a passividade da população ao saber de coisas desse tipo... Parece exagero, mas se fazem isso com os alimentos, imaginem as tantas outras coisas que nos empurram acobertando a sua essência, com embalagens bonitas, propagandas atraentes e supervalorização do pouco que cada porcaria dessas pode trazer de bom ao ser humano.
Se todo mundo fosse contra esses abusos talvez as coisas pudessem mudar e, não digo somente relacionando aos alimentos, mas somos extremamente conformados com tudo. Ouço muitos dizerem "se vamos nos preocupar com tudo o que acontece enlouqueceremos". Claro que ninguém pode mudar o mundo da noite para o dia, mas quanto antes despertarmos e revindicarmos mais respeito ao nosso organismo, nossa segurança, nossa vida, entre outras coisas, com certezas governantes, multinacionais e o diabo a quatro vão se importar muito mais com a imagem e o conteúdo de suas "promessas".

OBS: também acho uma delícia os tais lanches, mas achei isso o "fim da picada"!

Reflita...mas não esqueça de agir.

domingo, 4 de julho de 2010

De onde vem a calma...

Finde é tudo de bom, ainda mais quando se consegue "viajar" de corpo e alma para lugares mais alegres, completos, inusitados e ao mesmo tempo simples. Talvez o que deixa essa sensação de plenitude seja unicamente o fato de estar com pessoas particularmente especiais! pois elas contribuiem para tornar qualquer ambiente o mais maravilhoso possível. Como diz uma comunidade aí do famoso Orkut, "ser simples é ser incrível", eu não sei definir realmente o "ser simples", mas curtir a simplicidade é com certeza incrível e compensador. Poucas vezes, ou nunca hehe, saímos de uma festa, por exemplo, com a sensação de tranquilidade, auto conhecimento, felicidade prolongada...Algo que é facilmente sentido, se estivermos abertos para tal, quando temos a oportunidade de admirar uma flor, um céu, um sorriso amigo, um olhar sincero. São coisas que passam batidas na maioria das vezes mas  quando percebidas possibilitam um novo olhar, nova reflexão, novas atitudes perante as coisas.
Tudo é bom quando acontece na medida, claro, mas momentos assim tocam diferente, pois podem aproximar e esclarecer inquietudes, ou basicamente tornar tudo mais humano, mais "nu e cru".

terça-feira, 29 de junho de 2010

capitalismo selvagem

Buenas!

Nada mais natural que perder algo, não? Bem, pra mim sim...Perdi nó último mês uma blusa e dois cartões, um deles de crédito ¬¬ Onde perdi, onde podem estar e como, são coisas que por algum motivo não tenho condições de responder hehe Mas, como toda a perda (mega dramática), foi único e cruel. Procuro não ser uma pessoa consumista ao extremo, pois sei que muitas coisas que sentimos "necessidade" de possuir, não passam de coisas inúteis, ou supérfluas mesmo, e já que não ganho nenhuma fortuna gosto de empregar bem o pouco que sobra. Porém, como tenho gasto 90% da grana com continhas fixas (entre elas algumas bobagens), quando vou dar aquela festiada tenho que aderir ao cartão de crédito. Sim, especialistas e qualquer um que não tenha a 5º série sabe que eles não são parceiros de verdade, são daquele tipo que se faz de amigo mas depois cobra a ajuda com juros! Mas...fazer o que né, ele tem me socorrido. Ou melhor, socorria :/
Perdi o cartão de crédito e depois de umas 2 semanas procurando o infeliz em vários lugares possíveis e impossíveis, fui obrigada a ligar p/ 0800, que não é 0800, do banco para cancelá-lo. A mocinha muito querida (sério!) foi mega simpática, rápida e no fim do procedimento perguntou -"a senhora quer um novo cartão?" Pensei... Está na hora de mudar os hábitos! Respondi "-Não, obrigada.". Parece bobo, mas me senti feliz indo contra o sistema de consumismo impensado que estava vivendo, afinal grandes transformações começam de pequenos atos.
Mas é difícil reorganizar as coisas e, alguns desejos no período da TPM, me deixaram aflita e melhor amiga do... Cheque especial :/ Ou seja, só mudei de linha de crédito huashuasua
Realmente parece engraçado, mas é cruel, pois quanto mais se ganha, mais se gasta, mais vontade de adquirir se tem e, quando se vê o dinheiro que entra sai correndo pra manter nosso nível de consumo. Consumo esse que acaba "comendo" a verba que poderia ser aplicada de outras maneiras, causando benefícios em longo prazo, diferente de gastar comprando roupas ou perfumes que são bens rapidamente finitos.
O equilíbrio é fundamental para não sermos somente mais uma peça na engrenagem do sistema.