"Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato."

Lewis Carroll






sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Entra ano, sai ano...

Novo ano, muitas festas, promessas, metas. Com isso, finalmente chegou aquele tempo esperado durante o ano, as férias! Elas começam permitindo o impossível quando seguimos a rotina fora do eixo janeiro-fevereiro: dormir muito, ir à praia, rever os amigos mais distantes, comer aquelas besteirinhas, fazer leituras não obrigatórias, ver filmes, permitir-se mais em praticamente todos os sentidos, ô belezaa!
Mas, chega um momento que o alarme da responsabilidade soa, fazendo lembrar que é preciso organizar os papéis do semestre passado, avaliar o que vale a pena ser guardado, o que deve ser jogado fora e, iniciar a preparação pro ano de labuta que chega. Tenho sérios problemas com isso, pois penso que tudo o que guardo é importante, quando na verdade sei que determinadas coisas ficariam realmente melhor no lixo.
Futricando e me obrigando a fazer este trabalho de “seleção”, sempre encontro coisas hilárias, bilhetes, anotações, desenhos, provas, trabalhos, fotos. E, mesmo permanecendo com grande parte do meu “acervo de papelada” e afins, pelo menos uma sacola grande sai do quarto recheada de entulho, algo que as gavetas devem agradecer.
Terminado este trabalho, minha atenção voltou-se para os ursinhos da estante. Estante esta que clama por livros e DVDs hoje, pela maior facilidade no reconhecimento dos títulos, e melhor agilidade no encontro dos mesmos. Ah, os ursinhos, pois bem. Habitam o quarto aos montes, são fofos e cheios de recordações, mas... Sinto que tá na hora de repassá-los. Hoje a “limpa” foi completa, consegui me desfazer de alguns, mesmo que para isso tenha que ter pedido desculpa a cada um dos bichinhos dispensados (é, nem eu imaginava tamanha sensibilidade hehe)

Porém observei que mais do que simplesmente organizar qualquer coisa no nosso espaço, estes “atos protocolares” permitem o reconhecimento do estado de espírito do vivente no momento. Sempre chega o dia que aquela cartinha torna-se boba, que “aquele” papel de bombom pode ir pro lixo, que uma foto pode ser mudada no porta retrato (cruel?!), que o bichinho de pelúcia pode ser repassado. Mais que objetos, tornam-se a representação de novos interesses, pensamentos, objetivos.

Beijinhosss