"Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato."

Lewis Carroll






sexta-feira, 23 de julho de 2010

Momento nostálgico "Porque jovem tb tem saudade..."haha

Tem gente que guarda moedas, selos, outros potes... Eu guardo papéis.

Claro que não é qualquer folhinha não, mas tenho dificuldade de excluir das minhas gavetas provas, trabalhos, textos, cartas, fotos, cadernos. Então resolvi revirar aquilo que andava esquecido, fique claro que o objetivo era encontrar um texto escrito no semestre retrasado (2009/02). Abri pastas, folhei páginas, encontrei cadernos e anotações que me remeteram ao melhor período da minha vida até agora, o início da faculdade. Iniciei na Unisinos um curso chamado "História" sobre o qual pouco sabia e, pude notar em cada página do caderno o capricho e entusiasmo de um iniciante. Frases bem construídas, cores diferentes de caneta para ressaltar termos, ligações entre os assuntos, nomes de livros no cabeçalho e, alguns corações que de certo foram desenhados na ânsia pelo intervalo, que como "bixo" ainda insistia em denominar recreio.
Muitas coisas assinaladas lá me fizeram transportar para o momento que um dia escutei, estudei, li, discuti aquela aula. Com a ajuda da data sempre bem apresentada no canto direito da folha, pude fazer a "viagem" de maneira ainda mais fácil recordando quem eu era naquele período. Temos a habilidade de observar a mudança de 3ºs, mas esquecemos de lembrar que também mudamos. Crescemos, melhoramos, pioramos, escolhemos, vivemos de maneira nada previsível e quando podemos olhar pra trás conseguimos enxergar o quanto fomos fracos com antigos ideais, ou persistentes com outros. "Não sou mais aquela menina" e me questiono no que errei e acertei pra ser quem sou hoje, aliás, quem sou? (metamorfose... Certo!)
Aos 10 ainda vivia com preocupações infantis, sentia-me aquele ser especial e extremamente feliz, os problemas que conhecia eram somente os dos outros, dos meus pais, tios... E eles não me atingiam, pois minhas preocupações eram particulares e eu me via muito grande perante a tudo (o centro).
Aos 15, o ápice. O momento em que tudo aconteceu: Descobertas, ensino médio, novas percepções. Tu acaba vendo-se "obrigado" a começar a pensar no futuro, na escolha da profissão, em especial, mas até aí tudo bem essas angústias podem ser proteladas.
Finalmente, aos 20. Neste momento tu começa a vivenciar a maior parte das metas que construiu na adolescência, começa a trabalhar, tem liberdade pra determinadas coisas, algum dinheiro no bolso, amigos variados, decide e programa a vida de outra forma. Mas com certeza se senti muito pequeno perante a tudo, pois as possibilidades, exigências, problemas, opções são muito maiores.
Olhar de dentro pra fora é estranho e incompleto certamente, mas além dessas conclusões quase óbvias, observei nessa pequena viagem de 2 anos no tempo passado, que perdi basicamente a inocência. Inocência nas pessoas, nas cadeiras, nos planos. Isso parece trágico? Mas não é, faz parte e hoje acho engraçado lembrar o quanto tinha uma visão utópica das coisas.
O que ganhei? Mais clareza nos caminhos que tenho escolhido mais tranqüilidade no percurso, mais atenção com a intensidade que deposito em determinadas coisas e, a maior certeza que existe: Ainda mudarei muito e isso é só o começo.



É incrível o que alguns rabiscos podem fazer, o que o formato de uma letra pode dizer, o que um monte de papéis pode fazer sentir. Sentir hoje, ontem e, se bem armazenados, sempre!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Pensou a respeito?

Porque histórias como o caso Isabella, Suzane Richthofen, Caso Bruno, entre outras atrocidades semelhantes gera tanta comoção? É quase impossível ficar alheio a tudo isso quando se é um internauta, leitor ou telespectador, pois a mídia que circula no país disseca esses acontecimentos a tal ponto que somos capazes de saber detalhes íntimos dos envolvidos, ou acompanhar cada descoberta como se fosse um seriado imperdível. Triste comparação, mas infelizmente é assim que tem sido o impacto em muitas pessoas quando esses crimes vêm à tona. Passeamos nas ruas e ouvimos comentários, ligamos a televisão na ânsia por novas revelações, somos advogado, júri, juiz, quando deveríamos apenas “aprender a lição”, e lembrar que muitas ações e pensamentos que temos na vida contribuíram para algumas revoltas que parecem um tanto quanto particulares. Talvez se o mundo não fosse movido à ambição, e o dinheiro não fosse tão fundamental na vida de todos, muitos destes casos não seriam consumados. Mas, talvez, seja julgamento demais.

Estranho, paralelo a isso tudo, é a mesma ou pior ocorrência de casos cruéis todos os dias no país, que não ganham se quer o mínimo de notoriedade. Será que isso ocorre, pois seus personagens são desinteressantes? Mas me pergunto, desinteressantes por quê?

Outra questão que “casa” com este assunto é o real motivo para que estes crimes sejam maçantemente explorados. Além do “fascínio” que muitos tem por detalhes, que na minha opinião, ocorre muitas vezes pois a população esquece (pelo menos inconscientemente) que isso é verdadeiro e assemelha a tragédia a histórias cinematográficas, faze-se útil para deslocar a atenção dos indivíduos para outros desastres que acontecem de maneira culminante a estes eventos. Como por exemplo: os novos vazamentos de óleo no oceano, os preços que aumentam, as leis que instauram, o desemprego, a fome de tantos. É no mínimo curiosa esta fuga da realidade, que se mostra até mesmo protetora quando aliviamos nossa indiferença imperdoável com o próximo e nosso planeta, vendo a maldade e a personificação do “ser mau” em situações extremas como as referidas acima.

Sinto que encontrar alguém “pior“ que mata, oculta, planeja atos cruéis friamente, parece tranquilizador, de certa forma, pois ajuda no distanciamento que precisamos para nos sentirmos menos responsáveis, pelas pequenas e grandes coisas que acontecem no mundo. Lógico que são situações animalescas, mas será que o modo que vivemos não é? Pensamos, ensinamos, agimos de tal forma que não podemos aceitar ser totalmente desprovidos de culpa pelas enfermidades do cotidiano, pois é nas pequenas ações que modificamos, ou não, o meio que vivemos.

domingo, 18 de julho de 2010

Faz A diferença!

Certa vez ouvi a frase "é, quando agente ama vê graça em qualquer coisa". Admito que quando se ama algo ou alguém, fica muito mais fácil e agradável a realização do que for e os resultados são muito mais satisfatórios e animadores. Quando gostamos de alguém, por exemplo, ver "Domingão do Faustão" acompanhado do ser amado pode ser algo especial (sério), da mesma forma que lavar a louça pode ser menos irritante quando temos ao menos um incentivo de boas companhias.
Falar de mudanças é relativamente facil. Detectamos os problemas, projetamos as soluções, mas as realizações acabam demorando mais para serem concluídas, pois fazer diferente é sempre mais arriscado e difícil. Porém, chega um momento que as mudanças assumem a forma da "ação" e passam a existir em cada pensamento, atitude...Um exemplo simples e verdadeiro sobre isso é iniciar ( e não desistir) da fábrica de sonhos chamada academia. Algo que quando fazemos sozinhos geralmente não temos o mesmo ânimo, persistência, e claro, as mesmas risadas.
Iniciei a academia com uma amiga, comecei fazendo aulas de jump (haha), foi uma atuação um pouco desastrosa, mas a companhia da amiga me incentivou a não dessitir. Para me cercar de mais "incentivos", concilhados com ótimas fofocas e tudo mais, chamei mais duas amadas. Só posso dizer que nenhum exercício é o mesmo depois de nos reunirmos. Assim, fazer abdominal, twisty, glúteo e diabo a quatro, tornou-se a coisa mais divertida e interessante dos meus finais de tarde.
Sempre digo, amigos são a família que pudemos escolher, e posso dizer que a minha é MARAVILHOSA! tem seus conflitos ahsuahsua, mas como se ama supera e torna tudo o que faz junta uma grande festa. Amizade verdadeira , aquela que não nos trai, apoia, ama, divide, corrige, apronta é pra poucos! E tenho pena de muitos que vivem cercados de mascarados e consideram "amigos eternos" pessoas que não valem o mínimo de confiança. Mas isso faz parte das escolhas, porém nunca é tarde pra mudar, enxergar, redirecionar.

domingo, 11 de julho de 2010

lentes de contato

DA FELICIDADE

"Quantas vezes a gente,em busca da aventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!"
(Mário Quintana)


Definir felicidade ou amor, por exemplo, é quase impossível, pois cada se sente atingido de uma maneira por esses sentimentos, fazendo deles o seu mundo. Mas cabe sermos menos exigentes na constatação destes nobres sentimentos, afinal, às vezes os temos dentro do peito e por algum motivo não o percebemos. Valorize as pequenas coisas que verá grandes acontecimentos.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Hora de acordar!

Pela manhã vi uma reportagem que me causou no mínimo, embrulho no estômago: http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201007061023_RED_79138677.
Ok existem diversos boatos sobre esta rede de fast food e outros tantos sobre outros produtos que consumimos por aí, mas o que me deixa temerosa é o peso de importância que atribuímos para tais informações. Infelizmente a maioria de nós, mesmo sabendo que determinados alimentos causam danos para a saúde continuamos consumindo-os! E as empresas, tão seguras do poder que suas marcas possuem, chegam ao cúmulo de afirmar que utilizam sim ingredientes nocivos, ou um tanto quanto "estranhos" em suas fabricações. Realmente somos muito conformados, burros ou "indestrutíveis", para manter determinados hábitos. O mais incrível ao ler a reportagem é que a tal multinacional ainda defende que mesmo usando petróleo no alimento, ele não é nocivo à saúde Desculpem, mas não consigo acreditar. Ahh e não esqueçam do episódio da minhoca neh (mas esse é pelo menos natural...haha)
É claro que não podemos ficar paranoicos, lendo toda a tabela nutricional, ou sermos tão radicais ao ponto de viver de luz ahushaus, mas vamos combinar que as coisas estão assim, pois pouco importa para as grandes empresas o que vamos pensar a respeito de suas fórmulas malucas, pois afinal preferimos não pensar mesmo e, acreditar que tudo é light, saudável e colhido diretamente da horta da vovó.
Não sou se quer vegetariana e muito menos tenho uma alimentação hiper saudável, mesmo sendo simpatizante e tendo alguns destes princípios como meta, mas o que me revolta é ver a passividade da população ao saber de coisas desse tipo... Parece exagero, mas se fazem isso com os alimentos, imaginem as tantas outras coisas que nos empurram acobertando a sua essência, com embalagens bonitas, propagandas atraentes e supervalorização do pouco que cada porcaria dessas pode trazer de bom ao ser humano.
Se todo mundo fosse contra esses abusos talvez as coisas pudessem mudar e, não digo somente relacionando aos alimentos, mas somos extremamente conformados com tudo. Ouço muitos dizerem "se vamos nos preocupar com tudo o que acontece enlouqueceremos". Claro que ninguém pode mudar o mundo da noite para o dia, mas quanto antes despertarmos e revindicarmos mais respeito ao nosso organismo, nossa segurança, nossa vida, entre outras coisas, com certezas governantes, multinacionais e o diabo a quatro vão se importar muito mais com a imagem e o conteúdo de suas "promessas".

OBS: também acho uma delícia os tais lanches, mas achei isso o "fim da picada"!

Reflita...mas não esqueça de agir.

domingo, 4 de julho de 2010

De onde vem a calma...

Finde é tudo de bom, ainda mais quando se consegue "viajar" de corpo e alma para lugares mais alegres, completos, inusitados e ao mesmo tempo simples. Talvez o que deixa essa sensação de plenitude seja unicamente o fato de estar com pessoas particularmente especiais! pois elas contribuiem para tornar qualquer ambiente o mais maravilhoso possível. Como diz uma comunidade aí do famoso Orkut, "ser simples é ser incrível", eu não sei definir realmente o "ser simples", mas curtir a simplicidade é com certeza incrível e compensador. Poucas vezes, ou nunca hehe, saímos de uma festa, por exemplo, com a sensação de tranquilidade, auto conhecimento, felicidade prolongada...Algo que é facilmente sentido, se estivermos abertos para tal, quando temos a oportunidade de admirar uma flor, um céu, um sorriso amigo, um olhar sincero. São coisas que passam batidas na maioria das vezes mas  quando percebidas possibilitam um novo olhar, nova reflexão, novas atitudes perante as coisas.
Tudo é bom quando acontece na medida, claro, mas momentos assim tocam diferente, pois podem aproximar e esclarecer inquietudes, ou basicamente tornar tudo mais humano, mais "nu e cru".