"Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato."

Lewis Carroll






terça-feira, 21 de setembro de 2010

A coerência da incoerência

O sexto sentido... Não é sobre o filme não, é sobre aquela "coisa" que existe dentro da gente, vem não se sabe da onde, aparece sem avisar e em momentos que não se sabe o porquê e, justamente por isso protesto. ACHO que não quero mais ter esse bendito sentimento ao menos que seja pra ganhar na loteria, claro, pois o mesmo acaba com as pequenas poções de ilusão que às vezes gosto ou gostaria de cultivar. É estranho quando fazemos algo que sabemos, sentimos, presumimos que não é a nossa praia, talvez por insistência, influência, desejo, enfim, algo que contraria nossas percepções inteligentes ou sensitivas das coisas, desprotegendo e induzindo ao resultado já esperado, mesmo que lá no fundinho, na casinha do sexto sentido. Sempre falo de correr riscos, do prazer que isso causa (como dizia Cazuza “... a dor no fundo esconde uma pontinha de prazer..."), do aprendizado, da ousadia que acredito ser essencial na vida e tal, mas quanto mais analiso mais percebo que esses sentimentos "corajosos" ou burros mesmo, são inevitáveis na minha pessoa e, que se possível talvez eu fosse um pouco mais positiva (científica dentro das teorias da história hehe) fazendo uma breve analogia, ou seja, teorizaria, racionalizaria, seguiria as "teses" vivas, afim de não precisar da dor para obter uma pontinha de prazer. Mas voltando ao sexto sentido em si, o cara que talvez tente racionalizar através da lógica que tanto penso querer, também observo que de nada adiantam suas tentativas de interferência, provavelmente por ele ser uma partizinha de mim e, diga-se de passagem uma parte muito careta e pessimista, cuja atenção teimo em desprezar. Na real o que me incomoda é a falta de controle sobre as coisas e a vontade que tenho do tal "sexto sentido" puxar minha orelha de uma vez ao contrário de simplesmente apontar os caminhos mais adequados, ou então de  se calar para sempre e deixar que eu viva minhas ilusões inocentes (soterradas), já que não deixo de mergulhar no desconhecido mesmo sabendo do perigo e provável desfecho, ou seja sou cabeça dura mesmo, então não me aconselhe. Assim, ser mais sonhadora e menos preocupada com tudo, com o antes e o depois principalmente, já que a vida é o agora e, “PRÉ OCUPAÇÃO” é uma ocupação mental que uma hora vai emergir (seja boa ou ruim), então que seja o mais tardar possível.

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