"Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato."

Lewis Carroll






segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Conselhos

De fato grande parte das nossas escolhas resultam no futuro, outras talvez derivem da sorte, circunstância... Mas como vivemos, obviamente, primeiro o presente e procuramos sanar nossas necessidades mais atuais, ou por vezes julgamos querer algo, depois não querer, ou simplesmente decidimos "deixar rolar", optamos quase inconscientemente por determinados caminhos, resultados.
Independente das escolhas, a sensação de saber como agir vem junto com a experiência e, quando não se tem, vem junto com o risco, o instinto. Muitas coisas são previsíveis ou óbvias, principalmente quando visualizamos a situação/condição/caso dos famosos "outros", aqueles que participam da nossa vida e dividem seus dramas e felicidades. "Se conselho fosse bom, não se dava, vendia..." disso todo mundo sabe, mas talvez por esta habilidade que temos em enxergar de maneira mais clara, fria, as soluções ou caminhos para os terceiros e, o espírito de "equilíbrio" que adquirimos quando estamos na função de aconselhar, torne a tal opinião tão gratuita e requisitada.
Poucas vezes as "dicas" e interferências dos outros, para determinados assuntos sem grande objetividade, são diferentes daquelas que estão berrando em nós. Sabemos, perguntamos, ouvimos aquilo que não era novidade e talvez insatisfeitos, fazemos o inverso, ou permanecemos sem mudar o plano até que o inevitável e temido aconteça. Pecamos por esperança e medo quando a decisão bate a porta. Esperança  que tudo se ajeitará realmente da melhor maneira possível. Medo, por temer que aquilo que não está perfeito piore. Credo! pensamento acomodado e pessimista não é? Mas as vezes ele acontece.
Também andei refletindo sobre essa necessidade de compartilhar e absorver posturas quando não as temos resolvidas por completo e, percebi que não assumir a "bronca" da escolha errada sozinho, pode ser confortante quando não há coragem... 
Mas, existem coisas que por mais que sejam analisadas não terão respostas ou receitas e, esses segredinhos, com certeza são os mais desejados. 
Com isso, acredito que existem coisas que só nós próprios podemos decidir, avaliar, arriscar! A garantia será, no mínimo, o aprendizado!

3 comentários:

Renata Matos disse...

Ótima reflexão.
Cada dia tu escreves melhor e tuas idéias são muito bem expressadas.
Beijos Beijos

Cristine Foernges disse...

Parabéns Bruna!
Gostei muito do teu texto, da tua objetividade e da clareza das tuas palavras!
Abraços

Cristine Foernges disse...

Parabéns pelo teu texto.
Gostei muito.
Abraços