Momento indignação- Texto escrito para o Cinemark.
Escrevo ao Cinemark localizado no Bourbon da Ipiranga, Porto Alegre - RS, em uma folha de ofício, pois o local mencionado não dispõe de folhas apropriadas onde o cliente possa fazer reclamações ou dar sugestões.
Venho por meio deste reclamar e/ou expressar de alguma forma a humilhação e discriminação que passamos na tarde de segunda-feira, 18 de julho de 2011.
Decidi, juntamente com minha família, de frequentar o cinema nessa data. Entramos na sessão 4 para assistir ao filme Harry Potter, logo, verificamos que não havia um local dentro da sala adequado para que minha prima Vitoria Bernardes, cadeirante, pudesse assistir ao filme e ou também visualizar a tela.
O local não esta de acordo com as normas que garantem a acessibilidades dos deficientes, nesse caso, físicos. A humilhação que passamos poderia ser evitada, se o ambiente estivesse dentro das regras ou então (já que não esta) esta condição de impedimento tivesse sido informada pelo atendente já no caixa. Pagamos, entramos, e não nos foi permitido assistir ao filme com o mínimo de dignidade possível, já que além desses fatores, nenhum funcionário da casa se dispôs a nos ajudar com a colocação da minha prima que é cadeirante em algum lugar onde a mesma conseguisse enxergar, ao menos, a tela.
Mesmo com nossos pedidos e constatação que, além disso, ela poderia sem problemas ser transportada a um assento comum com a ajuda de um funcionário, ou com a nossa própria, não fomos autorizadas. Ouvimos diversas justificativas dos funcionários alegando que era impossível, naquelas condições, desfrutar do filme. Nos sentimos extremamente discriminadas e lesadas, pois somos clientes, somos pagantes, e apesar das diferenças em direitos, somos iguais. Minha prima, particularmente, teve que ouvir que o espaço é organizado para pessoas “normais”, lembrando que toda a conversa ocorreu na presença de outros clientes. Uma cliente que presenciou a cena, senhora Josie, veio ate nós e também demonstrou sua indignação com falta de preparo, organização e humanidade deste serviço e de seus funcionários, inclusive, se dispondo a relatá-lo caso seja necessário.
O código do consumidor que esta, ironicamente, no caixa do serviço em questão diz que: “O produto ou serviço não pode ser vendido sem identificação clara...”. Muitas leis foram desrespeitadas e esperamos que adequações sejam realizadas imediatamente para que ninguém tenha o seu direito de ir e vir, bem como de acessibilidade de fato, impedidos.
PS: Infelizmente AINDA precisamos passar por situações deste tipo...
PS: Infelizmente AINDA precisamos passar por situações deste tipo...
2 comentários:
Concordo com você!
Fiquei bastante indignada com tamanha falta de preparo e consequentemente desrespeito com Vitória e com as pessoas que a acompanharam. Já dizia um amigo meu: na hora de vender é 'em que posso ajudá-lo?'. Na hora de resolver é "não é conosco."
Fico pelo menos satisfeita de ver gente como vocês se recusando a frequentar locais que não te dão valor. Sou mais uma que não vou mais lá.
Abraços,
Prí
Valeu Bru, por mais uma vez estar ao meu lado e lutando pelos direitos de todos!
É um orgulho ser tua prima e te ter por perto
TE AMO,
Vi
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